POLICIAL MILITAR DE BRASÍLIA FALTA NOVAMENTE NA AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO DE ATIVISTAS.

Carlo Wrede

A audiência de instrução dos ativistas, marcada para esta segunda-feira (02/03), foi adiada para o dia 12 de março. O adiamento se deu pela falta do depoimento de um policial militar de Brasília, que é testemunha de acusação.

De acordo com o Wallace Martins, advogado do réu Caio Souza, a testemunha foi listada três vezes a prestar depoimento. De acordo com ele, caso o PM não se apresente para depor na próxima audiência, os réus podem ser soltos. “Acontecerá um excesso de prazo. Os réus não podem permanecer presos assim. Ele está se subtraindo do processo judicial.”

Marino D’Icarahy, advogado de defesa de pelo menos seis manifestantes, afirmou que o juiz Flávio Itabaiana, da 27ª Vara Criminal, responsável pelo caso, aceitou o pedido da defesa de que os manifestantes não podem ser ouvidos antes da testemunha.

— “O interrogatório e a única chance de os réus falarem no processo. Para ter o amplo direito a defesa, eles não podem depor antes da testemunha”, afirmou o advogado.

D’Icarahy disse ainda que vai até Brasília acompanhar o depoimento da testemunha do caso no próximo dia 9. Segundo ele, o policial em questão faz parte da PM do Distrito Federal e foi requisitado pela Força Nacional de segurança para a ocupação do Morro Santo Amaro, na Glória, na Zona Sul do Rio.

Ele teria afirmado que estava infiltrado entre os manifestantes desde março de 2014, mas o advogado de defesa contesta essa versão. Marino D’Icarahy diz que o homem já estaria infiltrado entre os ativistas desde as manifestações de junho de 2013 e diz que esta infiltração é ilegal e desautorizada pela Justiça.

“Queremos que ele preste depoimento e diga quais são os responsáveis por está irregularidade”, explicou.

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Fonte: G1 – Foto: Carlo Wrede

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