FUNCIONÁRIOS DO COMPERJ OCUPAM PRÉDIO DA JUSTIÇA DO TRABALHO NO RIO DE JANEIRO.

Sem Título-2

Uma comissão de trabalhadores do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) ocupa, desde o começo da tarde, o prédio do Tribunal Regional do Trabalho no Rio de Janeiro. Os trabalhadores participaram de uma reunião com o ministro do Trabalho, Manoel Dias, representantes da Petrobras e da empresa terceirizada Alumini, com a qual têm o vínculo empregatício e que está em recuperação judicial.

Ao término da reunião, que terminou sem acordo para o pagamento de salários e direitos trabalhistas atrasados, os trabalhadores decidiram permanecer no prédio. Por volta das 18h40, agentes da Polícia Federal estavam reunidos na porta do TRT e tentavam negociar com os manifestantes a desocupação.

Segundo servidores da Justiça Federal que estão do lado de fora, dezenas de servidores e magistrados estão sitiados dentro do prédio. Os trabalhadores do Comperj bloquearam todas as entradas e não permitem a saída de ninguém. Por volta das 19h, grávidas e idosos começaram a ser liberados.

Os relatos dos servidores que conseguiram sair do edifício indicam que os manifestantes providenciaram a compra de água e quentinhas, garantindo que passarão a noite no local. Segundo o ministro, ficou definido que existirá uma nova negociação entre as partes para definir a data de rescisão. “A Petrobras avaliará os valores devidos à Alumini para que seja feito um possível depósito judicial. Um passo importante foi dado, pois o diálogo é fundamental”, explicou o ministro.

Um funcionário do Comperj, que acompanha a mobilização do lado de fora do prédio do TRT e que não quis se identificar, disse que os trabalhadores ficaram revoltados depois de a reunião com o ministro não promover resultado satisfatório para a categoria. Segundo ele, os trabalhadores fecharam as portas do prédio com medo de uma invasão da tropa de Choque da PM, que se posiciona nas imediações do edifício.

Dentro do prédio, a situação parecia pacífica por volta das 18h. Segundo os policiais militares, haveria cerca de 200 manifestantes ocupando o hall do prédio à espera de nova rodada de negociações com a presença do ministro.

NEGOCIAÇÃO

A proposta de conciliação feita pelo Ministério Público do Trabalho prevê um reajuste salarial de 7,7%, como reposição da inflação dos últimos 12 meses, e aumento real, que incidiria também sobre o valor do vale-alimentação. Os operários desejam aumento de 10% e vale-alimentação de R$ 500.

Os cerca de três mil trabalhadores do Comperj decidiram manter a greve em uma assembleia realizada na manhã desta segunda (09/03). A paralisação havia sido iniciada na última quarta (4). Os trabalhadores voltam a se reunir na próxima segunda (16), às 7h30, para decidirem se retornam ao trabalho. Os trabalhadores afirmam que vão ocupar o prédio do Ministério do Trabalho até o prazo de resolução.

Fonte: G1

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