GRUPO PROMOVE ”BEIJAÇO” CONTRA A HOMOFOBIA NA PRAÇA SÃO SALVADOR NA ZONA SUL DO RIO.

Sem Título-2

Dezenas de pessoas se reuniram na noite desta sexta-feira (27/03) na Praça São Salvador, em Laranjeiras, Zona Sul do Rio, em um protesto contra a homofobia. Os manifestantes promoveram uma “guerra de purpurina” e se mobilizaram em um “beijaço” coletivo.

— “Não haverá mais guetos”, destacava o manifesto que foi distribuído aos frequentadores da praça. O ato foi organizado depois de um caso de agressão a dois homens que se beijaram no local no dia 1º de março. No chão da praça, foi pintada, em alguns locais, a frase “Amar é um direito humano”.

Victor Comeira, integrante da Frente Beijo na Praça e do Grupo de Advogados pela Diversidade Sexual, destacou que o “beijaço” tinha o objetivo de dizer que a homofobia acontece em todos os espaços. “A praça São Salvador é conhecida como um local de maior tolerância aos gays e a homofobia está ficando tão banal que ela tem acontecido até mesmo em locais assim”, disse. Ele enfatizou que a luta deve ser abraçada por todos. “Não precisa ser homossexual para lutar contra a homofobia. Tiveram casos de pessoas que foram confundidas com homossexuais e severamente agredidas na rua”, lembrou.

Presente no evento, o deputado estadual Carlos Minc (PT) disse que pretende promover na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) uma audiência para discutir os casos de agressão a homossexuais e contar a quebra da impunidade. “Isso aqui [a Praça São Salvador] é um espaço de diversidade cultural. Se até num espaço como este as pessoas estão sendo agredidas, o Rio vai deixar de ser conhecido pela valorização à liberdade. Precisamos romper com a impunidade”, disse.

O coordenador do Programa Estadual Rio Sem Homofonia da Secretaria Estadual de Assistência Social e Direitos Humanos, Cláudio Nascimento, disse que o órgão busca discutir que a impunidade seja combatida com educação. “O que a gente está negociando é de que a punição a casos de homofobia contemple penas pecuniárias que sejam muito mais educativas do que coercitivas como, por exemplo, colocar o agressor para distribuir panfletos informativos, ou camisinhas em campanhas contra a Aids, por exemplo.

No bar Casa Brasil, à margem da praça, uma faixa foi estendida informando que a casa apoia a campanha contra a homofonia. “Veicularam nas redes sociais que a confusão aconteceu aqui e que nós fornecemos copos aos agressores, mas isso é uma inverdade. Os dois grupos estavam confundindo aqui, mas a briga aconteceu na praça e nós não apoiamos a briga”, disse o advogado Marcus Fontenelle.

“Nós oferecemos copos para o consumo de cerveja, não para briga. E qualquer pessoa sempre foi bem-vinda aqui, não há descriminação a ninguém aqui dentro”, garantiu o proprietário do Casa Brasil, João Paulo Freire.

Fonte: G1

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