MORADORES DE SANTA TERESA ESPALHAM CARTAZES COM ALERTA DE ASSALTOS.

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Cansados da constante violência no bairro, integrantes da Associação de Moradores e Amigos de Santa Teresa (Amast) tentam chamar a atenção de frequentadores e de autoridades para o problema. Na quinta-feira, foram colados diversos cartazes em postes nas proximidades do Largo do Curvelo, com avisos como “Alerta, chega de assaltos. Santa Teresa pede socorro” e “Aqui fui assaltado. Você também? Registre aqui. Turistas tenham cuidado”.

Abaeté Mesquita, da diretoria da Amast, diz que os assaltos a transeuntes cresceram bastante em janeiro. E que esse aumento já vem acontecendo desde o ano passado quando comparado com com os números de 2015. De acordo com as estatísticas dos ISP (Instituto de Segurança Pública), foram 416 casos registrados na 7ª DP em 2016, contra 311 em 2015, um aumento de 33,8%.

Morando há 10 anos no bairro, Mesquita criticou o abandono do local:

— Com o início do verão, o aumento do número de visitantes e turistas e a inexistência de policiamento ostensivo, a violência piorou de vez. Acho que desde meados dos anos 1990 não passamos por uma situação tão crítica. Este é um lugar tido como turístico, mas não tem a devida atenção das autoridades. É difícil ver agente de trânsito ou guarda municipal, quanto mais polícia.

Mesquita disse que a Amast convocou moradores, autoridades e representantes do poder público para uma plenária, na próxima quinta, na Igreja Anglicana do bairro, a fim de debater a crise de segurança pública local.

O aposentado Franco Trotta, morador do bairro há 50 anos, reclama dos constantes assaltos:

É quase impossível um morador daqui não conhecer uma história de assalto. Ocorrem desde pequenos furtos de rádio e rodas de carro a roubos a grupos de turistas, sem contar os estabelecimentos. Um bar foi assaltado três vezes em menos de dois meses. É necessário um “Santa Teresa Presente” já.

A assessoria de imprensa da PM informou que, de acordo com o comando do 5ºBPM (Praça da Harmonia), o bairro é patrulhado através de rondas em viaturas e motos, além de bases em pontos definidos conforme o horário de maior incidência de ocorrências.

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Fonte: O Globo

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