Garis fizeram hoje (29/03), em Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro, um protesto contra o corte de ponto dos trabalhadores que aderiram à greve neste mês. Os funcionários da empresa municipal de limpeza do Rio, Comlurb, fizeram uma greve de uma semana.
Segundo Célio Viana, um dos garis que organizaram a passeata de hoje, a prefeitura insiste em não abonar os dias parados.
— “Nosso movimento foi um movimento legal. Fizemos o que a Constituição nos garante: [o direito à] greve. Em todo o momento, tentamos negociar com a Comlurb e a prefeitura. Não queríamos a retaliação pelos dias parados”, disse.
“Há algumas unidades da Comlurb que não têm banheiro feminino. As nossas instalações são um verdadeiro lixo. O que a direção da empresa e a prefeitura fazem com a gente é um assédio moral. Dizem que aqueles que fizerem greve, vão ser demitidos”, explicou Célio.
Um dos organizadores do evento, Bruno Coelho, de 29 anos, contou que, com o desconto dos dias da greve, o salário dos garis passa de R$ 1.100 para R$ 600.
— “A Comlurb e a prefeitura estão nos prejudicando. Com apenas R$ 600, como vamos pagar o aluguel, as contas e a escolas dos nossos filhos? Fico envergonhado de ver que o governo não garante o direito de quem cuida da cidade”, reclamou Bruno.
A greve dos garis se encerrou no último dia 20, depois que eles aceitaram a proposta de aumento de 8% oferecido pela prefeitura.
A assessoria de imprensa da Comlurb confirmou que descontará os dias não trabalhados dos salários dos grevistas.